Kubica desempenhou um papel fundamental no terceiro triunfo consecutivo do Cavalo Rampante na lendária disputa de duas voltas ao relógio — a joia da coroa da campanha do Campeonato Mundial de Endurance da FIA — quando a Ferrari alcançou seu 12º sucesso absoluto em La Sarthe e o primeiro “triplo” desde a década de 1960, quando a marca venceu seis edições consecutivas.
As cinco últimas e inspiradoras etapas do polonês — muitas das quais ele completou sem hidratação adequada devido a um problema com seu sistema de bebidas — foram bem registradas e, embora seu caráter naturalmente discreto e modesto signifique que ele não é do tipo que se gaba, ele admite que foi a realização de um grande objetivo de carreira.
“Quando comecei a competir em corridas de endurance em 2021, me apaixonei por Le Mans”, refletiu Kubica, em entrevista ao fiawec.com . “Me senti como uma criança pequena novamente, descobrindo algo novo. As emoções que experimentei naquele fim de semana me fizeram pensar: ‘Uau, isso é mágico, isso é realmente especial’. Eu disse abertamente que um dia gostaria de poder lutar pela vitória geral – como piloto de endurance, não há objetivo maior.”
Acho que se alguém me dissesse que só se pode escolher uma coisa – vencer o campeonato mundial ou vencer Le Mans – eu escolheria Le Mans. Em 2023, quando conquistei o título do WEC da FIA na categoria LMP2, fiquei feliz, mas teria trocado isso por uma vitória em Le Mans. É um objetivo para todo piloto, eu acho.
“Não sei o que o futuro me reserva, mas espero ter a oportunidade de correr mais algumas vezes em Le Mans e, mesmo que não esteja correndo, provavelmente irei de qualquer maneira para vivenciar as emoções deste evento único da perspectiva de um fã.”
Típico de sua natureza analítica e dedicação à sua arte, uma vez encerradas as comemorações pós-corrida, o cracovita de 40 anos não perdeu tempo e voltou direto ao assunto. Com a glória em Le Mans conquistada com sucesso – e tendo diminuído a diferença para a equipe número 51 da Ferrari, líder do campeonato, de 36 pontos para apenas 16, com 117 restantes em jogo na segunda metade da temporada – o título do FIA WEC Hypercar de 2025 é o próximo alvo em sua lista…
“Já na segunda-feira, eu estava trocando mensagens com meu engenheiro sobre diferentes partes da corrida, tentando entender e identificar áreas para melhorias no futuro”, reconheceu Kubica. “Le Mans acabou, mas não acabou de verdade – sempre há muito trabalho a ser feito.”
“Vamos para a próxima fase com o mesmo objetivo de tentar somar o máximo de pontos possível. Sem o nosso abandono em Spa, provavelmente estaríamos mais próximos no campeonato ou até na frente, mas as corridas são assim. Uma coisa que está sob nosso controle é a forma como abordamos cada evento, e isso precisa ser exatamente igual ou até melhor do que o que fizemos até agora…”
Fonte: FIA/WEC