Panorama IndyCast Brasil #14

by Fabio Mota

Salve Pessoal,

A presença e importância de dirigentes confiáveis é de uma importância extremamente necessária para quaisquer organizações. São estas pessoas, que traçarão a estratégia para o desenvolvimento de negócio em um determinado período. Têm missões como a ambiente mais próspero, atingimento de metas e crescimento de toda a estrutura corporativa. No automobilismo isso não é diferente pois as equipes, antes de quaisquer coisas, são companhias – abertas ou não – que necessitam de lucratividade para sua sobrevivência. E então o querido leitor ou a querida leitora deve estar perguntando… “O que raios de coluna isso tem a ver com a IndyCar?”. Simples. Tudo!!!

A explicação mais clara que temos é este imbróglio entre Alex Palou, Chip Ganassi (CGR) e Zak Brown (McLaren) visando a próxima temporada. De um lado temos um personagem folclórico e extremamente vencedor – Floyd Ganassi Jr – na luta para defender seus interesses assim como temos, do outro lado um sujeito visionário que, quase que literalmente, colocou um “grande elefante branco” para dançar, como diria anos antes Louis Gerstner Jr, Ex CEO da IBM.

A batalha jurídica será grande e não deverá ser pacifica. E o principal motivo pode não ser explicitamente o grande talento espanhol e sim o que o cerca. Uma cota milionária de patrocínio de uma companhia nipônica que busca, segundo fontes, maior visibilidade a nível mundial. Claramente, falo da NTT Data e, como já esclarecido aqui, não é a mesma coisa que a NTT Lmtd – empresa inglesa que, direta ou indiretamente, faz parte do grupo gestor onde, longinquamente entra a companhia que patrocina o carro #10 e a equipe de Ganassi.

Não temo pelo desgaste entre as companhias e escritórios de advocacia que estão ou estarão envolvidos. Ainda acredito que o maior prejudicado poderá ser Alex Palou. Creio que se ele tomou esta decisão de não mais correr com a Chip Ganassi, seu staff – palavra muito comum atualmente – certamente entendeu algumas brechas possíveis no contrato, ou então resolveram partir para o tudo ou nada. Alex Palou já não tem mais acessaos a informações das equipes, dos carros, do seu carro em si… e esta ausência de contato com seu engenheiro, fora dos dias de grande premio, ´´e terrivelmente prejudicial ao entendimento do carro. Vamos aguardar.

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Ainda sobre alguns CEOs do passado… lembro-me de Randy Bernard, que vinha do mundo de rodeios e tinha como um principal foco a transformação definitiva das corridas em um complexo de entretenimento, mas não podemos esquecer que suas ideias foram extremamente inovadoras no carro que substituiu o antigo Dallara I05 para os modernos DW12. Porém seu legado foi abalado com a etapa de Las Vegas em 2011 onde, infelizmente, perdemos Dan Wheldon de forma trágica.

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Não poderia deixar de mencionar Roger Penske. Sua organização e foco nos resultados o fez ser um gênio dos negócios e das pistas. Comprou a companhia IndyCar e também o autódromo de Indianápolis e seu legado é claro.

Porém nem sempre foi extremamente brilhante, apesar de ser muito carismático. Sus persistência nos pneus Goodyear e nos fracos Mercedes Benz o fizeram correr riscos, na minha opinião totalmente desnecessária em sua envergadura como lenda vida do automobilismo americano. Já disse aqui outras vezes assim como nas nossas lives do Indycast Brasil. O PC 27 – ultimo chassi produzido 100% pela Penske, caso tivessem os pneus Firestone e uma motorização mais adequada (Ford ou Honda), creio que teríamos mais sucesso.

Mas toda esta insistência tinha como foco seus negócios de revendas. O capitão não tirava dinheiro do seu gordo bolso por paixão e até os dias atuais é assim… esta é a visão de um CEO vencedor e não apaixonado.

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Joseph Heitzler foi CEO da CART após o “Golpe” de Bobby Rahal e Pat Patrick. Entre outras ações, ficou marcado pelo patético GP Texas 600, que nunca ocorreu e pela fortuna que o Texas Motorspeedway cobrou na justiça americana. Era um profissional com grandes intenções, mas sua fraqueza como líder descambou para o fim da CART como empresa.

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Andrew Craig foi seu antecessor e teve um determinado período de muito sucesso com o inicio da internacionalização da categoria. Gostem ou não, foi um dos períodos mais lucrativos da CART assim como em níveis de popularidade e e audiência televisiva.

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Ninguém acredita como chegou lá… Mas… depois do GP de Indianápolis 2, começou a cair.

Fabio Mota.

Saiba mais: indycastbrasil.com.br

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