Puma – o renascer de uma lenda
Parte 4 – De volta ao futuro
Os primeiros passos
Um protótipo de pista, símbolo do renascimento da Puma.
Mantendo todo o heritage da marca Puma, “das pistas viemos, pelas pistas voltaremos”.
Nas primeiras aparições dos protótipos, conhecidos por P-052 e P-053, tinham motor traseiro transversal 4 cilindros de 1598 cm3, 16V, 120CV e 15 kgfm. Câmbio manual de 5 marchas, tração traseira, freio a disco ventilados e perfurados, nas quatro rodas. Suspensão duplo A nos dois eixos, chassi tubular em aço, e a carroceria de fibra de vidro, com peso estimado de 570 kg, utilizando pneus Pirelli P-Zero 235/45 R18 na dianteira e 245/45 R18 na traseira, proporcionando velocidade máxima de 205 km/h.
Em sua conta no Instagram, a Puma divulgou duas fotos do P-054, um dos últimos protótipos para testes de componentes. Diferente do P-053, ele já traz mais elementos de um carro de rua, inclusive lanternas em LEDs e diversos detalhes de design que podem estar no modelo definitivo. Segundo fontes, a carroceria terá mais algumas mudanças e peças como retrovisores, faróis e rodas ainda são componentes provisórios.
Lumimari – com o espírito dos pioneiros
Aconteceu, então, em pleno século XXI, o anuncio do novo reinado do Puma.
Em celebração aos quase 60 anos de história da marca Puma, a volta ao mercado com o lançamento do Puma GT Lumimari.
Recordando: em 20 anos, entre 1964 e 1984, foram produzidos no Brasil e no exterior mais de 25 mil veículos da marca Puma. Foram criados 34 modelos diferentes, entre eles os modelos fechados e abertos de 2 lugares, o GTB de 4 lugares, caminhões Puma e os modelos AM e P, considerados raros por conta da pequena quantidade de exemplares fabricados.
Em celebração aos quase 60 anos de história da Puma, a marca volta ao mercado pelas mãos do filho de um dos fundadores, Luiz Costa, filho de Roberto Costa.
E aqui faço uma ressalva: ao contrário do que erroneamente alguns mal-informados anunciaram, o ressuscitar do Puma não contou com participação de Newton Masteguin, filho de Milton Masteguin, um dos fundadores da empresa Sociedade de Automóveis Lumimari Ltda. ou da sua empresa Athos, que recria no Brasil com excelencia os modelos da Porsche 356 A Speedster, Roadster (Convertible D), Spyder 550, Spyder 550 S, Super 90 Cabriolet, dentre outros projetos.
O ousado projeto do Puma GT Lumimari vinha sendo desenvolvido há cinco anos, com a promessa de, mais uma vez, revolucionar o mercado brasileiro de veículos esportivos. O lançamento ocorreu no 5º Encontro Centro-Oeste do Puma Clube do Brasil, em Pirenópolis-GO.
Em sua conta no Instagram, a Puma divulgou duas fotos do P-054, um dos últimos protótipos para testes de componentes. Diferente do P-053, ele já traz mais elementos de um carro de rua, inclusive lanternas em LEDs e diversos detalhes de design que podem estar no modelo definitivo. Segundo fontes, a carroceria terá mais algumas mudanças e peças como retrovisores, faróis e rodas ainda são componentes provisórios.
Com visual esportivo arrojado, o novo Puma GT Lumimari traz a marca de volta à tona.
O veículo é um “targa” (ou seja, conversível) onde apenas a seção central do teto é removível. Foi desenhado pelo designer Du Oliveira, que se inspirou no Puma GTE de 1970 para fazer a releitura. O desenho manteve traços originais (em especial os faróis e as colunas traseiras fendidas por entradas de ar). A refrigeração é garantida por dutos logo após as portas. A traseira conta com lanternas próprias de leds e saídas de escapamento integradas ao para-choque. Com carroceria de fibra de vidro e carbono, o peso ficou na marca de 915 kg. O motor de quatro cilindros transversal traseiro é um 1.6 16V turbo flex, capaz de gerar 205 cavalos e 25 kgfm. estima-se que a velocidade máxima chegue a 205 km/h.
Mantendo a tradição e o requinte de sempre, o carro continua tendo apenas dois lugares, com bancos “concha”. O interior apresenta refinamento nos revestimentos, em especial no painel. Os instrumentos são completos e avançam sobre o console, que chama atenção pela central multimídia sensível ao toque. O câmbio é manual de cinco marchas. As suspensões são independentes, típicas das pistas. Os freios são ventilados com pinças de alumínio de quatro pistões para garantir frenagens curtas. Com rodas de liga leve de 17 polegadas que lembram o design original usado pelo GTE, e pneus de alta performance, os conhecidos aro 18 que utilizam pneus Goodyear Eagle F1, nas medidas 245/40 dianteira e 265/45 traseira, segurando o veículo em velocidades altíssimas.
Limitadíssimo, estão sendo produzidas apenas dez unidades do novo Puma GT Lumimari, que terão numeração de 0001 a 0010. Os investidores ganharão um certificado de aço inox e fibra de carbono, convites VIP para todos os eventos da marca, descontos e prioridade na compra de produtos e revisões feitas na fábrica sem custo.
Não considero possível imaginar que alguém possa ter a pretensão de colocar um ponto final na história do Puma.
E muito menos tenho eu condições de colocar um ponto final nessa narrativa. A relação desse carro com os quatro pioneiros da indústria automobilística nacional e seus descendentes, com os proprietários, mecânicos, fans, a imprensa e qualquer um que já tenha sentido um quase incontrolável desejo de adquirir um exemplar não me permite tamanha ousadia.
Será essa uma história sem fim.
Assim como o sentimento que nutrimos pelo “Puminha”.