O ACO confirmou que o atual ciclo de homologação para os carros da classe Hypercar do Campeonato Mundial de Endurance da FIA foi estendido por mais dois anos, até o final da temporada de 2029.
A categoria de classe superior do WEC foi introduzida pela primeira vez em 2021 e consistia exclusivamente em máquinas LMH antes do conjunto de regras LMDh, que foi desenvolvido em conjunto com a IMSA, ingressar na classe em 2023.
Atualmente, um total de nove fabricantes competem no Hypercar, e esse número deve aumentar para dez quando a Aston Martin lançar seu Valkyrie LMH no ano que vem.
A mudança, de acordo com a ACO, foi feita para garantir a “estabilidade” dos regulamentos técnicos, antes da perspectiva de mais fabricantes se juntarem às plataformas nos próximos anos.
Como parte da extensão do regulamento, dois jokers EVO de desenvolvimento serão aplicados a cada fabricante para uso apenas nas temporadas de 2028 e 2029.
Segundo Davey Euwema, da Sportscar365, cada OEM foi autorizado a usar até cinco jokers durante o ciclo atual.
A extensão do conjunto de regras deverá ser confirmada pela IMSA também para a competição WeatherTech SportsCar Championship.
O diretor da BMW M Motorsport, Andreas Roos, cuja marca está atualmente envolvida no WEC e no WeatherTech Championship com o M Hybrid V8 construído de acordo com o conjunto de regras LMDh, elogiou a decisão como “o caminho certo” a seguir.
“Ainda assim, com certeza não é barato, mas é uma maneira muito econômica de fazer corridas de resistência de alto nível”, disse Roos ao Sportscar365.
“Podemos sempre falar sobre onde ainda podemos economizar custos e onde talvez possamos torná-lo mais eficiente e trabalhar nas coisas.
“E eu tenho que dizer claramente que um aumento nos custos também seria negativo para o campeonato, na minha opinião.
“Portanto, ainda temos que realmente tentar ser muito eficientes com o dinheiro, com a forma como o fazemos e como administramos o campeonato.
“Então, esse é claramente um tópico, mas acho que ver oito, nove fabricantes aqui e talvez até mais no futuro mostra que essa fórmula claramente funciona.
“É por isso que eu também digo que não há necessidade no futuro de curto prazo de mudar nada nisso. Todos nós desenvolvemos os carros para esse regulamento. Os carros estão com uma aparência fantástica.
“Há oportunidades no regulamento quando, por exemplo, o design dos seus carros de rua muda completamente ou você tem uma grande atualização, então você pode fazer uma atualização de estilo no seu carro, mas deixar o resto do carro igual.
“E isso para mim é um bom tópico e eu o apoio.”
Introdução da classe de hidrogênio adiada para 2028
Além disso, a ACO também confirmou que seu plano de introdução de uma classe de hidrogênio no clássico de resistência francês foi adiado por mais um ano, para 2028.
O presidente da ACO, Pierre Fillon, já havia declarado no final da temporada do Bahrein do ano passado que um adiamento para 2027 já estava previsto.
Com 2028 agora mencionado como o ano de introdução, esta é a quarta vez que a introdução da classe é adiada.
“A ACO, a FIA e a IMSA continuam a explorar a tecnologia do hidrogênio para atingir o automobilismo com zero carbono”, dizia um comunicado emitido na sexta-feira.
“Uma classe de protótipos de hidrogênio será introduzida em 2028. Um grupo de trabalho conjunto está elaborando os regulamentos necessários para trazer esta tecnologia pioneira e sustentável para as corridas de resistência
“Para uma competitividade esportiva ótima, o hidrogênio será armazenado em forma líquida. O programa MissionH24 também continua seu trabalho no H24EVO.”
Pelo menos quatro fabricantes atualmente ativos na classe Hypercar (Toyota, Alpine, Peugeot e BMW) expressaram interesse em competir com carros movidos a hidrogênio, com os dois primeiros chegando até a apresentar carros-conceito.
Outras empresas, incluindo Ligier Automotive, Solution F e Saleen Automotive, construíram carros-conceito ou sinalizaram planos de entrar na fórmula quando ela estrear.